Hoje, todo militar, independentemente da patente ou da graduação, comemora o Dia do Soldado. A data máxima é celebrada pelas três forças: Exército, Aeronáutica e Marinha.
Gaúchos assumem comando do Exército e da Aeronáutica
Mas nem sempre os dias foram de paz. Há 70 anos, o Brasil se envolveu na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Exemplo de quem formou a coalizão contra o nazismo é o ex-combatente Aribides Rodrigues Pereira, 94 anos, que é natural de Júlio de Castilhos. Realidade que hoje é bem diferente a vivida pelos sargentos Glauber Feitosa e Jéssica Santos (foto, à dir.) ambos lotados na 3ª Divisão do Exército (3ª DE), em Santa Maria.
UFSM desenvolverá simulador de foguetes para o Exército
O Diário traz, nesta matéria, o perfil daquele que escolheu como profissão proteger e servir ao país. As diferenciações são exemplificadas nos casos dois dois sargentos, que trabalham no município, e na atuação do ex-pracinha à época da guerra.
Santa Maria é estratégica e decisiva neste contexto de defesa, tendo o segundo maior contingente de militares do país (6,7 mil), 21 organizações militares e com o investimento da KMW empresa alemã de blindados.
Por tudo isso, o município se consolida como um polo de defesa.
Aptidão, força física e disposição
A voz rouca e o olhar de um típico vô simpático, em nada remete a um combatente da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). E mais: a um operador de metralhadoras com a missão de derrubar aviões nazistas. O ex-pracinha Aribides Rodrigues Pereira, 94 anos, esteve na batalha do Monte Castelo, na Itália, há 70 anos.
O militar integrou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) na 2ª Guerra Mundial. Ele relembra aquela época com uma memória inejável:
Em 1942, o comandante colocou todos nós em forma e nos disse: O presidente Getúlio Vargas declarou guerra à Alemanha. Então, vocês podem ser convocados.
À época, com 21 anos, ele já demonstrava interesse em ir para a guerra. Veio o ano de 1943, e o comandante deu o recado:
O governo precisa de gente para a guerra. Não hesitei: fui o primeiro a me apresentar.
Das dificuldades daquele tempo, ele lembra dos coturnos pesados e desconfortáveis. A vestimenta era pesada e, inclusive, o capacete e a arma. Mas, ele não reclama:
Minha missão era derrubar e avariar as naves inimigas. Dei trabalho aos nazistas, mesmo que não tenha matado nenhum inimigo.
Dos tempos atuais, o militar vê certas mudanças com desconfiança:
Tem militar que sabe jogar essas coisas de simulação de videogame. Não sei se é bem isso. Mas somos como o boi, logo ali vamos para o abate (risos).
Perfil intelectual e mais racional